Sámaras

...poemas

Tece-me alto a gaivota que voa no ar para unir-se à calor do céu quando esquece que brama o mar na calma.

Não sei quem levantou do temor ilhéus: dói o azul que dobrou carvões no silêncio que vaza o medo imenso.

Touro, deixa-me entrar para o som da luz, deixa entrar na videira o sal, dá-me paz para a morte, para a vida.

Fontinhas, Ilha Terceira, 7 de dezembro do 2023

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No café sentado derramam-se horas; rim além de mim estudantes jovens, entram para o bar operários e horas sarjam a vida.

Sei que tudo tem fracassado, sei-o como entende o chão, ao cair, o corpo: tenha sido ao menos a minha vida só um desperdicio.

Orçã, 4 de fevereiro do 2023

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